A derrota por 1 a 0 no Clássico do Vale, na noite de quarta-feira, em Novo Hamburgo, eliminou o Aimoré do Troféu Dirceu de Castro. Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Rafael Lacerda criticou abertamente alguns atletas, justificou suas escolhas e reconheceu a apatia da equipe principalmente no início da partida.
"É até difícil explicar. Reunimos os atletas ontem à noite, todos motivados, na palestra também. Nosso vestiário tinha vibração. Entramos no jogo, não vou apontar dedo para atletas, mas é inadmissível os jogadores caírem. Inclusive no lance do gol o Maurinho resvala no campo de ataque. A gente avisou que o gramado estava molhado. Não pode entrar com essa apatia", comentou Lacerda. Incomodado com as críticas feitas às suas escalações durante a competição, o técnico aimoresista explicou a repetição do time do jogo de ida, que novamente teve dificuldades ofensivas na primeira etapa.
"Como que eu ia fazer outro time hoje se nos três últimos jogos teve muita consistência? É isso que às vezes não consigo entender. Jogamos mal hoje? Sim, no início do primeiro tempo tivemos apatia. No 1º tempo ainda conseguimos evoluir. No 2º tempo melhoramos, mas por causa das trocas, ou por que o time deles baixou as linhas como vocês tanto gostam de falar?" questionou o comandante capilé. Lacerda ainda citou que "bateu no teto" pela falta de qualidade ofensiva, inclusive comparando com o adversário.
"A gente tem um centroavante de qualidade que é o Lucas Silva, e nos últimos três jogos ele ficou isolado. Enfrentamos adversários com muitas dificuldades na Copinha e não conseguimos ter profundidade com os jogadores de velocidade. Hoje nós perdemos para um time que tem atacantes de lado melhores. Bustamante tem muita qualidade, jogou Série B há pouco tempo. Michel Renner tem muita força" afirmou Lacerda. O técnico do Aimoré ainda lembrou do pênalti claro não marcado pelo árbitro Douglas Schwengber da Silva, o qual classificou como "fraco".
Foto: Fernando Campos/CE Aimoré