Por Emmanuel Fröhlich
Para muitos, um desconhecido;
Para muitos, um clube somente de "cidade";
Para muitos, o time que brigaria pela 4° vaga do grupo A08;
Para muitos, com um elenco incapaz e limitado;
Para muitos, um pequeno...
Esse clube passou por tantas coisas ao longo desses mais de 3 meses de competição.
Seria mais fácil se não precisasse virar a partida na estreia contra o Marcílio Dias;
Ou, fora de casa, conseguir um gol de cabeça com o Breno, no final do jogo contra o Próspera;
Seria mais fácil se não fosse assaltado pela arbitragem em Caxias do Sul;
Ou, não levar o gol nos acréscimos contra um dos grandões do grupo, Cascavel;
Seria mais fácil se a virada contra o São Luiz fosse uma tranquila vitória;
Ou, se a viagem de volta de Pato Branco trouxesse pelo menos um ponto na bagagem;
Seria mais fácil se a vitória contra o Juventus fosse por mais de dois gols;
Ou, se a vitória viesse contra a mesma equipe, já pelo returno;
Seria mais fácil se a boa atuação aimoresista fosse premiada com o gol da vitória contra o poderoso Azuriz;
Ou, se o golaço de David não causasse tanto alívio;
Seria mais fácil não precisar segurar a histórica vitória em Cascavel com os 11 homens no campo de defesa, por boa parte do segundo tempo;
Ou, se o 6° jogo seguido sem levar gol fosse conquistado, contra o Caxias;
Seria mais fácil se a magra vitória contra o Próspera fosse uma goleada;
Ou, se não precisasse do sofrimento até o gol da vitória de Wesley Pacheco, no último minuto contra o Marcílio Dias;
Seria mais fácil se desse para voltar do Rio de Janeiro com uma vantagem ainda maior;
Ou, se as oportunidades de ontem (30) fossem convertidas em gol...
Mas por que mais fácil?
Por que a palavra "fácil" faria parte da história aimoresista nesta Série D?
Fácil, segundo o dicionário, significa que se executa ou obtém sem dificuldade, ou, que se compreende sem esforço.
Ou seja, nunca essa palavra se referirá ao Aimoré.
O que todos os profissionais do Índio Capilé fizeram nesta competição estará para sempre escrito na história deste clube.
O desconhecido, incapaz, limitado e pequeno provou a esses "muitos" que esse clube é GIGANTE. Pode não ser financeiramente, mas a sua história é riquíssima.
Muitos não a conhecem ou não a conheciam, como a mãe e seu filho, que pediram ao técnico Edinho a rede social do clube, no aeroporto do Rio de Janeiro.
Porém, o tamanho deste clube não foi suficiente apenas para São Leopoldo, Rio Grande do Sul e Região Sul, mas chegou a todo o Brasil.
Como diz seu hino: contigo ninguém acaba. E jamais acabará.
Prazer, Clube Esportivo Aimoré!
O meu, o seu, o nosso clube!
Foto: Leonardo Oberherr/CE Aimoré
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Isso é um poema. Vale dizer que é preciso nomear o autor. Limpa um pouco nossa alma aimoresista da tristeza daquele gol mesquinho da Portuguesa e dos nossos erros nos penais. O Aimoré foi grande nesse campeonato. Seria mais fácil se tivéssemos mais dinheiro…