A estreia na Copa FGF com goleada por 7 a 0 sobre o 12 Horas não diminuiu algumas preocupações da comissão técnica de Edinho Rosa. A principal delas, em relação à lateral-direita. Único jogador de ofício da posição no elenco, Lucas Lopes sofreu uma lesão de grau 2 no tornozelo dois dias antes da primeira partida na competição, e a previsão é de que retorne somente no final da fase classificatória.

Lateral de 24 anos, Lucas conquistou o acesso ao Gauchão pelo Avenida e foi contratado para suprir a saída de Anilson, que se transferiu para o Náutico após a disputa da Série D.  Com a lesão do recém chegado, Edinho teve que voltar atrás em uma de suas convicções para a Copa FGF.

Leandro Córdova, que chegou no início do ano no Cristo Rei como lateral-direito, foi muito mais utilizado durante a Série D como meia e extrema. No começo da preparação para a Copinha, Edinho conversou com o atleta e definiu que a partir daquele momento ele seria utilizado apenas do meio para frente. Prova disso é que no jogo-treino contra o Sindicato, quando Lucas foi substituído, Córdova permaneceu jogando na meia, com Leomir e depois Cleberson atuando improvisados na lateral.

Porém, o desfalque de Lucas para a estreia fez com que Edinho mudasse o esquema tático da equipe. Contra o 12 Horas, a solução encontrada foi colocar o Aimoré no 3-5-2, com Córdova sendo o ala direito. Embora ninguém atue improvisado neste sistema, as variações táticas ficam restritas, já que uma eventual mudança para linha de 4 defensiva limitaria o potencial ofensivo de Córdova, ou forçaria a colocação de um zagueiro na lateral.

Na entrevista coletiva após a estreia, Edinho não escondeu o desconforto com a falta de opções essencialmente do setor, e revelou que tem dialogado com o departamento de futebol sobre a necessidade de buscar um reforço para a posição. "Eu tenho certeza que eles [direção], da mesma maneira como eu, estão já incomodados com essa situação. A gente tem procurado, temos conversado sobre isso. Só que tem que ser uma escolha criteriosa. A gente não pode trazer um atleta simplesmente por trazer, por ser da posição. Precisa ser alguém que vá corresponder exatamente com aquilo que a gente espera", comentou o técnico aimoresista.

Edinho também disse que o desempenho de Anilson na Série D elevou a exigência para a posição, e que é de sua responsabilidade ser criativo e encontrar alternativas dentro do grupo, à medida que aguarda os movimentos da diretoria em busca de reposição. No entanto, por razões financeiras, isso não será tarefa fácil, de acordo com o presidente Werner Carvalho.

"Pensar em trazer mais alguém com a nossa situação é inviável. Se durante uma competição é sempre difícil tu conseguir apoiador e investidor, quando tu está em período entre fases é muito pior. Esperemos que com bons resultados a gente consiga atrair mais pessoas, investidores, apoiadores, e aí a gente pode pensar. Mas neste momento não há condição, salvo um caso como o do Anilson, que veio emprestado com salário pago. Aí é outra história", explicou em entrevista à Rádio Índio Capilé.

Foto: Leonardo Oberherr/CE Aimoré

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