Logo após ser aclamado presidente do Aimoré para o biênio 2023/2024, na última segunda-feira (28), Sandro Borowski concedeu entrevista exclusiva à Rádio Índio Capilé, em que expôs algumas de suas ideias visando ao crescimento do clube. Confira os principais trechos abaixo:

Grupos de trabalho

"Eu quero formar grupos de trabalho. Eu não gosto, não é meu jeito de ser, fazer reuniões grandes, com temas diversos. Porque todo mundo quer falar sobre cada tema e não dá certo. Quem fala das finanças não entende de finanças, quem fala de futebol não entende de futebol. Eu quero ter o grupo financeiro, o grupo do marketing, o grupo que vai atrás de fazer plano de sócios."

Retomada do "Aimoré nas Escolas"

"Já conversei com o Moroti [Wolmer] e com a turma dele, que faziam aquele projeto, que acho maravilhoso. O Fabiano [Haubert] fazia parte. Isso é uma coisa que a gente quer reativar de verdade."

Reforma estatutária

"Já foi criado um grupo para a reforma do estatuto do clube. Outros presidentes já tentaram, mas foi parado. Vou te dar um exemplo: hoje, com o estatuto atual, a pessoa vem aqui na quinta-feira, se associa e pode concorrer à presidência na sexta. Qualquer pessoa cai de paraquedas dentro do Aimoré. [...] A eleição, no estatuto, é feita 30 dias após o último jogo oficial. Só que isso atrasa todo o processo por causa da Copinha. A diretoria que assume agora pega um processo que já está iniciado e quase finalizado. Temos que ver o estatuto de uma maneira que antecipe a eleição, nem que aconteça durante a Copinha, ou antes."

Categoria de base

"Existe, com o Werner [Carvalho] presidente, uma tratativa com um cidadão de uma empresa que faz esse tipo de serviço. Ele veio, fez uma oferta para o clube e mandou um contrato para analisarmos. Está com o jurídico. Não está definido. O que está pegando é o tempo de contrato. Estamos analisando isso. Se for viável, vamos assinar o contrato, mas temos que comunicar o Marcelo [Freitas, coordenador da base] e estamos tentando que essa empresa consiga assimilar ele e a organização."

Estrutura física

"Não sei se o Sandro [Borowski] como presidente vai conseguir dar esse rumo total que precisa. Mas o Aimoré precisa de uma roupagem nova. Uma casa nova, um lugar menor, menos custo, mais sadio, uma coisa mais enxuta. Mas para isso precisamos fazer várias conversas. Acho que hoje, para o Aimoré, esse tamanho que está aqui [no Cristo Rei] é inviável ter algum recurso para reformar. Mas uma permuta, diária, em outro local, como o Lajeadense e o Esportivo fizeram, pode ser uma possibilidade. Mas não vender o Aimoré por X valor, entrando nos cofres do clube. Uma permuta. Quando estiver pronto, assinado, a chave está aqui. Isso é mais viável."

Gramado do Cristo Rei

"O Aimoré, para os próximos 3 ou 4 meses, não tem o que fazer de diferente. A não ser tratar o campo como está sendo tratado. Em um primeiro momento vamos manter como está, e aí sim começar a avaliar o que podemos investir nele, ou não. Porque botar dinheiro em um gramado... daqui a pouco não sabemos em um ano o que vai ser feito. Demanda recurso, e o Aimoré não tem. Em um primeiro momento, vamos ter que arrumar campos para treinamento. Têm vários campos bons em São Leopoldo, que dão para usar e que a gente vai ter que visitar com a minha amizade na várzea. Um outro detalhe: quero achar um local dentro do estádio para construir um sintético para que as categorias de base possam usar, principal possa usar para treinos em dias de chuva, trabalho curtinho. Pedi para o Eduardo Kayser, que é arquiteto. Ele já tem um projetinho, para corrrermos atrás de algum investidor."

Relação com empresas de São Leopoldo

"É um trabalho demorado. Mas se tu não plantar, tu não colhe. Vamos chegar na Taurus, na Stihl, dar 100 ingressos para sortear para os funcionários. O que vou dar em troca? Nada. Eu quero que os funcionários venham assistir ao jogo do Aimoré. Esses funcionários vão trazer os filhos, vão comprar uma camiseta, o pai vai comprar um ingresso. Torna o clube mais simpático à comunidade. Daqui a dois meses, no Gauchão, vão ter funcionários da Taurus que vão querer vir ao jogo e não vão ter ingressos sorteados, porque foram poucos. Já é um meio de se aproximar."

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